VICENTE MACHADO O VIOLEIRO
Sempre aos sábados tem uma roda de viola no mercado novo (Av Olegario Maciel esquina com rua Tupis), alegria no tinido das violas de 10:00 ás 15:00 aprox. É o legado de VICENTE MACHADO. violeiro que ao longo de trinta anos alegrou Belo Horizonte e região mostrando sua arte com o dom que Deus lhe deu até o seu falecimento em um acidente de carro em janeiro de 2007.
Natural de Bambui, MG, o violeiro Vicente veio para a capital atrás de melhorias na vida e instalou-se no Mercado Novo como barbeiro, profissão que arebanha amigos, junto com o também irmão e barbeiro José Maria.
Entre um corte e outro a viola que não deixava de estar por perto (o mercado novo é uma verdadeira central de lutiers) era ouvida por quem passase e as pessoas sempre paravam maravilhadas. O interessante dos violeiros e que eles levam pouco tempo para transformar exibições mínimas em festas improvisadas.
São comuns ali encontros com CARRETEIRO (luthier e violeiro ), pai e filho ORLANDO E LAURINDO (também luthiers) O DIOGO RAMOS (que dá aulas de viola no próprio mercado novo) TITO MENDES E TONINHO NOVA SAFRA, Tenente costa (que atualmente comanda a roda de violeiros) PEDRO LÍRIO, ARLEY O FERREIRA PAULO LINE E O RAIMUNDO MENDES (integrantes da ORQUESTRA MINAS E VIOLA) e outros que chegavam de todo lado atraídos pelo toado da viola deixando mercado novo todo sonoro.
Sentindo a lideranca do violeiro VICENTE, o empresário da CASA DE SHOWS MATRIZ. EDMUNDO. convidou-o no ano de 2003 a organizar um encontro de violeiros, com a apresentação de ALTINO LATALISA (locutor sobressaido que tinha tino para a coisa) o qual atraiu para o evento CESAR MENOTTI E FABIANO (ainda no começo da carreira). sendo organizadas várias duplas e a aceitação gerou mais três encontros e no pique do entusiasmo o violeiro coloca na praça o seu CD solo, com expressivas vendagem iniciais já que todo aquele que conhecia seu trabalho não queria deixar de ter em casa uma oportunidade de ouvi-lo a qualquer momento e nas 12 faixas gravadas o pagode tem preferencia mas o cururu e a catira não deixam de aparecer. Detalhe para a guarânia ESTRELA DALVA, uma homenagem que faz a sua esposa Dona Dalva e fiel companheira ao longo da jornada.
Em dezembro de 2006, o Radialista ALTINO LATA LISA resolve homenagea-lo na cidade de MATEUS LEME, com um show onde vários violeiros compareceram e foi um presente para a vida cultural da cidade e de grande emoção para o velho violeiro fato, registrado em DVD pelo próprio Altino, em um uma noite fantástica, dígna de uma homenagem, talves a única e se não, a mais importante registrada em cd que este recebera na sua trajetória artística.
Por umas das tantas surpresas que o destino nos reserva, num acidente de carro o Violeiro vem a falecer cerca de quinze dias depois daquela homenagem, quando a capital mineira mal se recuperava da perda de um outro talento na arte da viola que era o ZÉ DA VIOLA, ambos da ORQUESTRA MINAS E VIOLA.
No Bosque da esperança, sua última morada foi montada uma comitiva de violeiros com despedida musical no último adeus ao grande VICENTE MACHADO um violeiro de BAMBUI. Despediu-se fisicamente da terra e do povo que jamais irá esquece-lo atráves de sua viola e seus catiras. onde no mercado novo é a referência quando o assunto é viola virando uma lenda em BELO HORIZONTE.